Tudo ficou guardado.

Nada do que se passou foi perdido. Bebo a ansiedade e me embriago de insensatez. Quero o pensamento que vibra, dança, corre e se propaga no ar. Quero o pensamento que me leve a luz, o pensamento que desgrude de você ou te traga pra perto.

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Madrugadas Sufocantes


            Mais uma noite dormindo sozinha com as lembranças que ele deixou. O apartamento é pequeno e aqui me sinto sufocada, sem muitos motivos e sem muito interesse no que realmente interessa. Tudo é tão sem graça, tão sem gosto que me admira o fato de ainda estar viva. O dia passa comum, sem maiores expectativas, onde não o verei, não sentirei seu perfume e nem seu calor. Estou a quilômetros de distância e espero ansiosa pela noite para poder sonhar, para fazer tudo que tenho vontade, mesmo que seja apenas em sonho.
            Desde Julho daquele ano não tenho noites sem sonhos, não gosto de desperdiçar o único momento ao qual me aproximo daquele que me trouxe tanta experiência, alegria e tanto sarcasmo e ódio também. Aquele que despertou em mim o sentimento mais intenso que já tive e o mais doloroso também. A cada noite tenho uma experiência nova e sempre emocionante assim como eram nossos momentos a dois, até que, com o coração disparado, desperto e então vêm às lágrimas e soluços atordoados por tudo não passar de um mero sonho.
            O desespero bate forte, vem junto a vontade de morrer da forma mais dolorosa e brutal possível, para que a dor da morte tire o foco dessa que não merece ser dor nem sentimento. Os soluços pedem o álcool que esteriliza as feridas internas e, assim, com o gosto da vodca na boca e os olhos inchados não agüentando mais lágrimas vejo nascer o sol todos os dias.

Um comentário:

  1. chega deu vontade chora... rsrsrs
    mais a vodka eu naum largo.uhuhsaahuhsauh!!!

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