Tudo ficou guardado.

Nada do que se passou foi perdido. Bebo a ansiedade e me embriago de insensatez. Quero o pensamento que vibra, dança, corre e se propaga no ar. Quero o pensamento que me leve a luz, o pensamento que desgrude de você ou te traga pra perto.

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Autobiografia de vida




Seguindo a redundância
Do, é claro, título mal pensado.
Pois se é bio é vida,
O que não faz o menor sentido.
Vou me explicar mais além,
Sem deixar ninguém contido.

Desde menina quero ser isso,
E também quero ser aquilo.
Assim não me faz mal.
Mas quando decido uma única coisa
Já logo desisto.
E isso é um desabafo oral.
Que se por sorte, lembrar depois,
Colocarei no papel e coisa e tal.

Já quis ser atleta, professora e dentista.
Mas um alerta, quis ser até turista.
Meti-me num curso de pedagogia,
Logo depois fisioterapia, e depois tentei medicina
Meti-me então em letras!
Meu Deus, Letras!!!
Adoro as letras. Mas, é claro,
Se com elas não precisar trabalhar.

Gosto delas assim,
Quando vêm gratuitamente,
Generosas...

Pelo meu serviço quero cobrar caro.
Mas isso não vem acalmar
Pois logo desisti de Letras e voltei pra Medicina
Pois se com as letras dou-me bem,
Por que não é essa a minha sina?
Vou fazer unidu-ni-dê, amém.

Só quero puxar aquela paz,
Enrolar aquele amor e transformar tudo em fumaça.
Preciso de um brinquedo novo,
Algo que me devolva a graça!
Dessa vez, que não seja humano.
Chega de cabeças de ovo.

Quero ser feliz, deixar sorrisos
Virar-me do avesso, não importa a profissão
Transformar tudo em risos de satisfação,
As cores e a falta de motivos.

O problema é que nessa sociedade,
Não escapamos de chavão,
Ou é Oito ou oitenta
E continuamos na escuridão.

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